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Open Markets: Ásia acelera com alento comercial, mas ocidente aguarda

Negociações entre EUA e China seguem no radar após uma primeira conversa, Ásia avança, mas ocidente aguarda os desdobramentos da guerra comercial, enquanto isso, desempenho doméstico deve ditar ritmo de emergentes, com caos tributário roubando a cena no Brasil

🌐 Mercados globais em ritmo de cautela no pré-mercado

Às 8h30 (horário de Brasília), os principais índices futuros mostravam leve otimismo, com o S&P 500 subindo +0,10, o Dow Jones avançando +0,06%, o Nasdaq 100 oscilava próximo à estabilidade e o STOXX 600 também operava estável. Apesar do otimismo, a perspectiva doméstica segue como gatilho central para os mercados brasileiros e emergentes.

 

🌍 Panorama internacional: negociações comerciais  e muito jogo político

Apesar da resiliência das bolsas americanas, investidor segue cauteloso, enquanto bolsa chinesa se aproxima de níveis atrativos e pode abrir oportunidades no médio prazo para quem tiver paciência. Especialistas já afirmam que negociações entre as duas maiores potências econômicas do mundo podem levar até 1 ano para encontrar consenso. Nos Estados Unidos, o Fed observa empregos e desaceleração que podem abrir espaço para cortes adiante.

Em Paris, Lula recebe “enquadrada” de Macron com relação ao posicionamento adotado pelo Brasil sobre o conflito na Eurásia entre Rússia e Ucrânia. O acordo econômico entre Mercosul e Europa também esteve na pauta e a expectativa é que seja fechado ainda esse ano, mesmo a contragosto da França, mas que é encarado pelo presidente brasileiro como uma tentativa de resistência aos EUA. A ótica é questionável, já que o Mercosul tem perdido força enquanto bloco econômico e está longe de tamanha relevância no contexto global, além de te um de seus principais membros, a Argentina, como forte aliado do governo americano, voltando a chamar atenção do mudo sob o comando de Javier Milei.

Nesta manhã, Lula e outros líderes participam da 3ª Conferência da ONU sobre os Oceanos em Nice, com o Brasil ocupando posição de destaque nas discussões climáticas, já que estará no centro dos debates para o próximo ciclo, com a aproximação da COP30.

 

🇧🇷 Cenário Doméstico: De um lado impostos, do outro sanções

  • Pacote tributário no topo da pauta: O ministro Haddad se reuniu por cerca de 5 horas com líderes partidários para avançar aumentos nas alíquotas de Juros sobre Capital Próprio (JCP) e outras remessas fiscais. O movimento sinaliza esforço por equilíbrio nas contas públicas, mas coloca produtividade e consumo em risco. Medidas de ajuste podem diminuir apetite do investidor estrangeiro de olho no impacto para empresas somado ao cenário persistente de juros elevados.

  • Acordo preliminar do IOF Inclui:

    • Tributação de BETS de 12% para 18%;

    • Fim de isenção de 100% para LCI/LCA, agora com 5% (em 2026);

    • Equalização da CSLL de instituições financeiras (entre 15% e 20%);

    • Corte de cerca de 10% em gastos tributários, sujeito a ajustes;

    • Proposta inclui revisão de risco sacado e VGBL, isenção de IOF para investimentos estrangeiros, e cobrança mínima sobre FIDC.

  • Lauro Jardim provoca com a manchete “Haddad esqueceu o corte de gastos”, sugerindo que o foco segue nas receitas e não se fala em contenção de despesas;

  • Campanha “Essa conta é nossa”, iniciativa nacional por controle de gastos públicos, ganha força no fim de semana;

  • BC freia PEC da autonomia adiando contribuições ao debate em meio à turbulência do IOF e mudanças tributárias;

  • Mistura de biocombustíveis em pauta, com Governo avaliado elevar o etanol de 27% para 30% e o biodiesel de 14% para 15%, com conclusão esperada em julho;

  • Autoridades americanas consideram aplicar sanções por meio de Lei Magnitsky contra o ministro o Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, além de outros nomes como o PGR Paulo Gonet, o delegado da PF, Fabio Alvarez Shor, e outros ministros

Na bolsa, o institucional segue vendido, enquanto investidor pessoa física e estrangeiro operam levemente comprados. Durante evento no litoral paulista, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçou que a instituição responderá à evolução da política fiscal, mantendo-se no curso para cumprir seu papel de controle inflacionário. Galípolo não quis fazer declarações a respeito do aumento de IOF.

🛢️ Commodities seguem pressionadas

Commodities metálicas fecham sem direção única nas bolsas de commodities asiáticas:

  • Vergalhão de aço e Xangai: o contrato futuro de rebar está cotado a 2.965 CNY/t, leve alta 0,20% no último fechamento;

  • Minério de Ferro Dalian: o contrato mais líquido negocia a 704,5 CNY/t, marcando alta de 0,86% frente ao fechamento anterior;

  • Minério de Ferro Qingdao: o Blend brasileiro 62,5% negocia a US$ 93,29/t, com recuo de 0,78%, enquanto Carajás 65% vai a US$ 100,65/t, após queda de 0,80%.

As preocupações com cortes de produção de aço na China sugerem alta nos preços no curto prazo. Houve antecipação de compras no início do mês, com players do setor siderúrgico temendo escassez de aço com a redução da produção e diante dos preços que atingiram seu menor patamar desde 2020. A inversão da dinâmica pode significar uma melhora de margens para siderúrgicas, mas imposição de medidas tarifárias agora é “calcanhar de Aquiles” do setor.

O ouro à vista se valorizou 0,30%, cotado a US$ 3.320,15 a onça diante do dólar mais fraco e investidores atentos às negociações entre EUA e China. Já os contratos futuros recuaram 0,10%, a US$ 3.341,90.

O Brent negociava a US$ 66,95 o barril, em alta e 0,45% e o WTI avançava 0,42% a US$ 65,04 o barril. Na semana passada, o Goldman Sachs declarou que espera que a OPEC+ aumente a produção em 410 mil bpd em junho, pressionando ainda mais os preços. O HSBC e a S&P Global estimam que o excesso de oferta possa levar o barril a US$ 50-40 em 2025/2026.

Apesar da oferta crescente, tensões geopolíticas e o afrouxamento das políticas monetárias podem manter o oil em níveis de suporte no curto prazo.

🌏 Fechamento das Bolsas Asiáticas

As bolsas asiáticas encerraram a sessão desta segunda-feira majoritariamente em alta, após primeira conversa para tratar de acordo comercial entre Estados Unidos e China. A conversa entre Trump e Xi Jinping ocorreu no fim de semana e deve abrir caminho para agenda de discussões. Os dois se reunirão nesta manhã em Londres para discutir novos acordos, segundo À Reuters.

Fechamento das bolsas:
• Nikkei 225 (Japão): alta de 0,92%, a 38.088,57 pontos
• Hang Seng (Hong Kong): alta de 1,63%, a 24.181,43 pontos
• Nifty 50 (Índia): alta de 0,40%, a 25.103,20 pontos

• Kospi (Coreia do Sul): alta de 0,05%, a 2.855,77 pontos
• TSEC (Taiwan): alta de 0,84%, a 18.427,33 pontos

• S&P/ASX 200 (Austrália): queda de 0,27%, a 8.515,70 pontos
• Xangai (China): alta de ,43%, a 3.399,777 pontos

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Aviso Legal: Fazemos todos os esforços razoáveis ​​para manter o conteúdo deste artigo atualizado, mas não garantimos (implícita ou implicitamente) que ele esteja atualizado, preciso ou completo. Este artigo destina-se apenas a fins informativos gerais e não constitui aconselhamento de qualquer tipo, incluindo aconselhamento jurídico, financeiro, tributário ou profissional. 

Equipe Halley

Writer & Blogger

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